sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Bonzinhos ou altruístas? Eis a questão...

Olá Pessoal!!!
        Vamos lá, quero compartilhar um pouco sobre algumas situações que tenho me deparado com muita frequência. Trata-se de situações na qual tenho que lidar com pessoas cheias de boas intenções. Seja no trabalho, no relacionamento entre amigas, pessoas que eu acabo de conhecer e nos mais diversos âmbitos sociais. São pessoas muito bem intencionadas mas que me deixam constrangida, não que eu não goste de elogios, mas é aquela "melação" toda, aff!!! Eu percebo o tamanho do exagero, e começo a sentir que é algo intencional por parte dessas pessoas, algo pra massegear o meu ego mas que me causa efeito contrário, fico "agoniada", "irritada". Vejo claramente que é uma estratégia para se conseguir algo de mim, mas ai retribuo com um sorrisinho sem graça, meio que forçado só pra não piorar ainda mais a situação, a final ignorar custa menos, rsrsrs.
        Refletindo sobre esse tipo de comportamento começo a enxergar a mediocridade humana. São pessoas de espírito pobre, cego e nú... vivem uma vida meticulosamente camuflada, são lobos em pele de ovelhas!!! Mas não quero me prender nisso, quero falar de algo muito parecido, porém a diferença estar em não se tratar de falsidade, mas em enfermidade espiritual, doença na alma mesmo; não que os  falsos intencionais não precisem de cura, é claro que precisam!!! Convivi boa parte da minha vida com uma amiga que era assim. Se trata de alguém que eu realmente amo e sinto que ela também me ama. Muitas vezes eu bem que poderia amá-la mais diante do seu comportamento, mas detestava quando essa amiga me colocava lá em cima com suas paparicações. Era um tipo de forte admiração por mim, mas não aguentava quando eu perguntava a sua opinião a respeito de algo e ela dizia com entusiasmo algo do tipo: ficou lindo! Sabia que ela não estava sendo verdadeira, era só pra me agradar pois na verdade estava horrível, portanto chegou um tempo que eu nem pedia mais a opinião dela. Chega até ser engraçado, mas na hora eu ficava enfurecida, porém eu tinha que amá-la sempre...
        Essa minha amiga muitas vezes abria mão de pertences seus, eu até me lembro certa vez que ela insistia em me dar um relógio seu pelo fato de eu achar bonito, onde eu, como era muito íntima dela sabia que ela não estava em condições de comprar outro. Não era uma vez ou outra que ela agia assim, mas sempre! Ela não era uma pessoa maldosa, eu sabia que podia contar com ela sempre que precisasse, mas comecei a notar a sua "bondade" excessiva, sacrificial mesmo... Fui percebendo  que era uma estratégia dela de me manter presa a ela, o interessante é que com o passar do tempo fui notando que ela era assim com as demais pessoas do seu convívio social, ela fazia o que estivesse ao seu alcance em troca das amizades. Claro que havia uma certa ingenuidade nela, pois tinham pessoas que tiravam proveito disso.
        Assim são os "bonzinhos", ou melhor os altruístas! Não se trata de pessoas falsas, pois os falsos são pessoas más, mas sim de pessoas com a alma doente, que teve suas vidas marcadas por traumas de infância, são carentes afetivamente e possuem outras infinidades de coisas que levam essas pessoas a se comportarem assim. Os especialistas em comportamento humano definem os altruístas como pessoas egoístas. Egoísta consigo mesmo, são pessoas que se anulam para favorecer os outros. Fazem o bem ao próximo trazendo prejuízo para si mesmo.
        Não sou "exper" em analisar comportamento humano, não sou psicóloga e nem psiquiatra, tampouco coisa desse tipo; tomo cuidado pra não julgar e muitas vezes infelizmente até acabo julgando (ser humano que sou). Porém percebo o quanto essas pessoas precisam ser amadas e muito mais, necessitam ser curadas! Elas precisam reconhecer que precisam de cura, que as cadeias da alma precisam ser quebradas, e isso muitas vezes é o mais difícil!!! É duro lidar com isso, não é algo simples de se resolver, é algo que vai além da capacidade humana, somente em Deus se pode vencer.
        Quantas pessoas dentro das igrejas levam anos pra reconhecer que precisam se encontrar, abandonar as bagagens que acumularam durante a vida toda e o que era doença espiritual passa a ser uma doença física, gera depressão, pois muitas vezes se frustram quando não há reciprocidade dos seus atos e vivem a ambiguidade humana, não se resolvem nunca! Não conseguem romper com as cadeias do passado, mas preferem passar a vida toda se limitando aos traumas, e o pior fingem estar tudo bem...
        Não é e nunca vai ser vergonha reconhecer que precisamos de cura, de ser curado em nossas emoções. É necessário se abrir pra viver as melhores experiências que Deus reservou para aqueles que confiam n'Ele ao invés de se limitar as coisas do passado podendo assumir a identidade de filhos e filhas de Deus. Filhos de um Pai que nos ama e que nos entende muito bem sempre que abrirmos o nosso coração à Ele, sem medo, culpa ou vergonha para então ser o homem ou a mulher que Deus determinou que seríamos, e isso só depende de cada um, ou caso contrário viveremos o tempo todo se reduzindo e perdendo a oportunidade de viver o melhor de Deus.
                                                          
                                 By DaniAgnes

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